Desde o lançamento dele no cinema, eu tinha vontade de vê-lo, não pelo fato da história em si (o filme é baseado em fatos reais), mas sim pela curiosidade da atuação de Selton Mello.
A história é sobre João Guilherme Estrella, um rapaz de família da classe média carioca, que acaba se envolvendo com venda de drogas. No Brasil há vários casos como este, mas acredito que este foi um dos primeiros a ser “desvendado”. Confesso que não lembro das dimensões das notícias na época (começo dos anos 90), mas pelo jeito teve uma grande repercussão.
Ta, as atuações. Esqueça a atuação do Selton Mello em O Cheiro do Ralo. É muito diferente. Selton Mello está perfeito, conseguindo encarar o personagem muitíssimo bem. Já vi alguns filmes dele, mas este foi a melhor atuação que já vi do ator, diretor, produtor (no filme ele só foi ator). Cléo Pires foi mediana. Mais parecia que ela estava numa novela do que num filme. Vai demorar um bocado pra ela poder ser comparada à mãe. Júlia Lemmertz aparece pouco, mas no que aparece vai bem, tal qual Cássia Kiss, uma boa atriz na minha opinião, mas com pouca aparição, embora participe de uma parte importantíssima no filme (ela é a juíza). O restante do elenco está ok.
Vale lembrar que muitos não gostam de filme nacional, tipo o Quaqua. É uma pena, pois os filmes não são ruins, dado o orçamento. Mas, mesmo que você não goste de filmes brasileiros, acho que vale a pena conferir a atuação do Selton Mello. Se pensar na atuação, garanto que não vai se arrepender. Mas, se não quiser ver porque o filme é nacional, vai ver o Gordo jogar no Corinthians.
É isso.
J.D.
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Mais um filme que acabei vendo no Telecine, e não é que tenha sido uma decepção, mas esperava bem mais do filme. É aquele velho problema de você assistir um filme bem depois de outras pessoas, daí como a maioria falou bem, a gente espera mais.
Não é um filme ruim, é um filme muito bom e interessante, com um ótimo roteiro e com uma dinâmica muito boa. É com certeza mais um ótimo produto do cinema nacional.
A dinâmica de como tudo é contado é mérito de um roteiro muito bem adaptado pela Mariza Leão e pelo Mauro Lima, mas principalmente pela boa direção dele, que, sinceramente, não conhecia, mas dirige o filme muito bem, sem perder o fio da meada e com uma mão perfeita.
Nas atuações, gostei do Selton Mello, como sempre, mas acho que ficou um pouco distante do que já vimos dele, principalmente se compararmos com trabalhos passados como o Auto da Compadecida e Lisbela e o Prisioneiro (ainda não vi O Cheiro do Ralo, que dizem que só ele se salva). Até em alguns momentos acredito que ele lembra os personagens destes filmes, parece ter um pouco do Leléu e do Chicó, mas mostra o grande ator que é na cena do tribunal.
Aliás, é nesta cena que vemos a grande Cássia Kiss continua em excelente forma, assim como Júlia Lemmertz. A única que fica um pouco distante do resto do elenco é a Cléo Pires, que ainda precisa batalhar muito e deixar o ar de menina de novela de lado, para chegar perto destes 3 grandes atores.
Um bom filme, minha decepção ficou apenas porque é bom, e não espetacular como muitos defendem. Ainda acho Estômago o melhor filme nacional do último ano.
Até,
André C.
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Título Original: Meu Nome Não é Johnny
Gênero: Drama
País: Brasil
Ano de Produção: 2008
Tempo de Duração: 124 minutos
Lançamento no Brasil: 04/01/2008
Direção: Mauro Lima
Roteiro: Mariza Leão e Mauro Lima, baseado em livro de Guilherme Fiúza
Elenco: Selton Mello (João Guilherme Estrella), Cléo Pires (Sofia), Júlia Lemmertz (Mãe de João), Rafaela Mandelli (Laura), Eva Todor (D. Marly), André di Biasi (Alex), Giulio Lopes (Pai de João), Cássia Kiss (Juíza) e Rodrigo Amarante
o que aconteceu com vc?
há e com Sofia?
o filme foi triste.