Sem medo de errar eu falo que Duplicidade é um dos filmes mais agradáveis, charmosos e gostosos de se ver em 2009. Principalmente pela dupla principal, pelo roteiro e pela direção dinâmica.
Com um ar meio de Onze Homens e Um Destino, o filme é muito dinâmico, inteligente, engraçado e, como já disse, charmoso. O roteiro é inteligente e cheio de diálogos interessantíssimos, rápidos e precisos.
A atuação de Julia Roberts e Clive Owen é impressionante, pela naturalidade, empatia e química. Os dois estão fortes, radiantes e dominam completamente a tela. Com eles, em completa forma, o filme ganha força, e ganha o charme que citei anteriormente.
A atuação encantadora dos dois é algo raro no cinema atual, e quem ganha com isso, somos nós, pois dois encantam como um casal apaixonado, mas desconfiados. A presença de tela dos dois é algo quase perfeito. O diálogo flui naturalmente, o jogo de interesses (de gato e rato), a maneira como se olham, como se beijam, discutem parece tão real, tão perfeito, que parece que os dois estão acostumados a contracenar um com o outro, mas este é apenas o segundo filme dos dois. E mesmo assim já nos premiaram com atuação soberba, aliás, a presença dos dois na tela é uma das melhores coisas do cinema em 2009 com toda a certeza. Por isso digo, não errei no título do post, uma vez que os dois parecem um só, se misturam e brincam de atuar.
A atuação dos dois é tão brilhante, tão incrível que a gente quase esquece das feras Tom Wilkinson e Paul Giamatti, que dispensam qualquer comentário. Perfeitos como sempre, mesmo nos poucos minutos que dão o ar de sua graça.
Parece que o diretor Tony Gilroy, quis deixar aquele lado mais sério e lento de Conduta de Risco, e aproveitar melhor o seu roteiro inteligente, apresentando uma direção mais alegre e confiante, sem dizer na edição bacana e muito bem alinhada. A forma como o filme foi editado e dirigido, faz de um filme inteligente, um filme com muita ação, e aqui, junto com o charme da dupla principal, que vemos claramente um ar bem Onze Homens e Um Segredo.
Aqui, como em Conduta de Risco, os diálogos são precisos, bem escritos e fazem parte de toda a trama, nada esta jogado apenas para preencher lacunas e gastar o tempo dos espectador ou dos astros. O roteiro é todo bem escrito para nos levar ao final do filme.
Outro fato que ajuda Duplicidade ser um dos filmes mais agradáveis do cinema em 2009 é a música sempre precisa e de qualidade de James Newton Howard.
Duplicidade tem romance, tem ação, tem suspense, tem roteiro, tem inteligência e ainda é um ótimo filme. Está bom ou quer mais?
Até,
André C.
Abaixo a música do fim do filme: Being Bad por Bitter:Sweet
_____________
Sinopse: Claire Stenwick (Julia Roberts) e Ray Koval (Clive Owen) são ex-agentes, ela da CIA e ele do MI6, que deixaram seus antigos empregos para lucrar com a guerra fria existente entre duas corporações rivais. O objetivo de ambos é encontrar a fórmula de um produto, que renderá uma fortuna a quem patenteá-lo antes. Para tanto eles buscam sempre enganar o outro, usando todos os truques possíveis.
Título Original: Duplicity
Gênero: Romance/Suspense/Drama/Crime
País: EUA/Alemanha
Ano de Produção: 2009
Tempo de Duração: 125 minutos
Lançamento no Brasil: 05/06/2009
Direção: Tony Gilroy
Roteiro: Tony Gilroy
Elenco: Julia Roberts (Claire Stenwick), Clive Owen (Ray Koval), Tom Wilkinson (Howard Tully), Paul Giamatti (Richard Garsik), David Shumbris (Turtleneck), Rick Worthy (Dale Raimes) e Oleg Shtefanko (Boris Fetyov)